Pano. Fim.

Assistente de direção

Três atores no último teatro do mundo recebem a notícia de que seu teatro será derrubado em uma hora. Eles decidem, então, realizar a última peça de teatro da história.

Em Pano. Fim., os atores buscam na cena diferentes gêneros e períodos para tentar a chance de dar continuidade à arte teatral: com adereços e mudanças de figurinos, eles passam pela estética épica brechtiana e clownesca, entre outras, em apelos à salvação da cena. O cenário é quase desértico e os elementos que o compõem remetem à um espaço que está sendo destruído. “Tudo que está na cena, como um carrinho de mão ou um baú, é usado pelos atores para tentar fazer essa reforma”, completa o diretor.


Crítica:

“Há um quê derrotista em Pano. Fim., ainda que a obra se construa de modo muitas vezes divertido, mas há de algum modo também a esperança presente na própria ação de conceber tal espetáculo — o primeiro do Grupo Pano. Aqui, o fim do teatro versa sobre o fim do edifício teatral e dos atores; mas há uma contundente afirmação de que algo permanece e reverbera após o cair do pano: como se a efemeridade da cena fosse a garantia da eternidade da personagem representada.”

Trecho da reflexão crítica de Hamilton de Azevedo para o Ruína Acesa.

Ficha Técnica

Direção: Caio Silviano | Dramaturgia: Caio Silviano e Lucas Sanchez | Elenco: Cecília Barros, George Lucas, Henrique Reis, Ian Noppeney e Lucas Sanchez | Cenário: Balcão Arquitetura (Carolina Metzger, Gabriela Sumares e Joyce Iensen) | Figurino: Maristela Tetzlaf | Iluminação: Marco Vasconselos | Trilha sonora original: Grupo Pano | Direção musical: George Lucas | Produção: Bruno Camargo e Isabela Lourenço | Fotografia: Enrique Espinosa | Assessoria de imprensa: Ensaio Comunicação | Assistência de Direção: Rafael Érnica | Design Gráfico: Bruno Camargo e Cecília Barros | Realização: Grupo Pano e Gafanhoto Inusitado Produções