A partir da experiência real de uma compra on-line e os dias para a entrega de um livro do poeta Vladimir Maiakóvski durante a pandemia, que o dramaturgo e diretor Caio Silviano teve a ideia de escrever e encenar “Foi enquanto eu esperava a encomenda de um livro de Maiakóvski que tive uma epifania sobre a Revolução“
Foto: Priscila Beal
Foto: Vinicius Aguiar
Foto: Priscila Beal
Foto: Everson Verdião
Foto: Everson Verdião
Sinopse
A partir da experiência real de uma compra on-line e os dias para a entrega de um livro do poeta Vladimir Maiakóvski durante a pandemia, que o dramaturgo e diretor Caio Silviano teve a ideia de escrever e encenar “Foi enquanto eu esperava a encomenda de um livro de Maiakóvski que tive uma epifania sobre a Revolução“
Crítica:
“Importante espetáculo cuja pesquisa significa para além do material. Boa organização e lumiosa sintonia de um grupo cuja força está em uma imparável e inegociável decisão por dizer.”
“Entre narradores, personagens e personas, Foi enquanto eu esperava faz de seus intérpretes artífices de tentativas de transformação diante da inóspita realidade. Enquanto o horizonte se coloca cada vez mais estreito, buscam fazer de suas ações àquelas dignas de corações ardentes, cheias de disposição e vigor, ainda que tateando as possibilidades de efetivamente concretizá-las enquanto Ato. Na lida com suas agências enquanto seres políticos, deparam-se com as limitações que se impõem diante de suas utopias.”
Inspirada nos livros “A Cidade das Palavras” e “Os Livros e os Dias”, do escritor Alberto Manguel, Bete Dorgam propõe a intervenção Quixotes, Estes Estranhos, criada especialmente por ocasião da exposição A Biblioteca à Noite.
O personagem Dom Quixote é uma figura recorrente na obra de Alberto Manguel. O autor aborda questões relativas às múltiplas camadas de significação do personagem, com destaque de o compreender como um estrangeiro. Isto devido à decisão de Cervantes de não assinar o livro como autor, mas apenas como um descobridor de um texto escrito em árabe, do qual ele encomendou uma tradução, em um momento de notável exclusão das culturas árabes e judaicas da Espanha, na passagem do século XV para o XVI. Assim, deixando as recorrentes discussões sobre a relação do personagem Quixote com a loucura, Manguel o aborda como uma discussão genuína sobre alteridade: sobre o estranho, o estrangeiro, aquele que está deslocado e precisa de um acolhimento – cabendo, ao seu interlocutor, decidir o que faz diante do desconhecido: se o acolhe, se busca compreender quem é, se o ignora ou se o teme.
Inspirada nas canções Adeus, Morena, Adeus (Piraci/Luiz Alex), Cabocla Tereza (João Pacífico/Raul Torres) e Rio Pequeno (Tonico/João Merlini), gravadas por Tonico & Tinoco, nas décadas de 50 e 60, a peça revela três diferentes mulheres que invertem os valores machistas das narrativas dessas composições, conhecidas do cancioneiro popular brasileiro, recriando-a do ponto de vista feminino. Adeus, Morena, Adeus conta a história de Beatriz que se apaixona por um violeiro no dia da Festa de São João e, abandonada por ele na estação de trem, retorna à mesma estação, agora desativada, na esperança de reencontrá-lo. Cabocla Tereza, já morta volta para esclarecer os motivos pelos quais abandonou o marido, seu assassino, e decidiu reviver um grande amor. S´a Maria do Rio Pequeno é a terceira personagem a narrar a sua história. Apaixonada por Cipriano, ela abandona seu pai e decide fugir com ele para Mato Grosso.
Foto de Paul Constantinides
Foto de Paul Constantinides
Foto de Paul Constantinides
Foto de Paul Constantinides
Foto de Paul Constantinides
Criada por meio de processo colaborativo entre dramaturgia, direção e atores, a peça utiliza as técnicas da Narrativa e do Nô, teatro clássico japonês, enquanto ferramentas na concepção de cenas e na construção dramatúrgica. O cenário, figurinos e adereços, criados por Leopoldo Pacheco e pela artista plástica Ana Maria Bomfin (Pitiu), são inspirados nas pinturas naif e esbanjam beleza visual do Vale do Paraíba das cores fortes presentes nas tradicionais festas religiosas do Divino e São Benedito e das danças populares do Moçambique e Congada. As músicas, interpretadas pelos próprios atores ao vivo, também fazem parte da narrativa de cada história e conduzem o clima das cenas.
Ficha Técnica
Elenco: Andréia Barros, Jean de Oliveira, Jéssica lane, Lilian Ferreira, Rafael Érnica e Sarah Alice. Codireção e Iluminação: Cláudio Mendel. Direção Musical: Beto Quadros. Assistente de Direção Musical: André Braga. Cenário e Figurinos: Leopoldo Pacheco, Ana Maria Bomfim Pitiu. Adereços: Leopoldo Pacheco. Pintura de Painel: Ana Maria Bomfim Pitiu, Giancarlo Ragonese, Lindsay Ribeiro. Pintura de Figurinos: Leopoldo Pacheco, Ana Maria Bomfim Pitiu. Maquiagem e Cabelo: Leopoldo Pacheco. Preparação Corporal: Robson Jacque. Montagem e Operação de Luz: Willian Alves. Costureiras: Claudia Savastano, Silvia Maria Gonçalves. Confecção de Adereços: Eunice Coppi. Confecção de brinquedos populares: Benê dos Santos. Arranjos musicais: Ernani Maletta, Beto Quadros. Fotografias: Adilson Machado, Tito Oliveira. Filmagens: André Delgado. Designer Gráfico: Wallace Puosso. Diretor de Produção: Vander Palma. Produção Executiva da Cia: Carla Maciel. Assessoria de Imprensa: Andréia Barros. Realização e Produção: Cia Teatro da Cidade e Cooperativa Paulista de Teatro. Direção Geral: Eduardo Moreira.
“Mokimpó (ou, De como é extirpado o sofrimento do Sr. Mockinpott)”, de Peter Weiss, teve direção de Simoni Boer. A peça narra a estória de um homem comum que foi preso injustamente. Quando Mokimpó tenta voltar à sua vida normal descobre que tanto em casa, como no seu trabalho, já existe outro em seu lugar. Procurando entender as razões de sua má sorte, faz uma longa peregrinação que acaba num encontro com Deus.
A peça teve sua temporada de estreia em 2016 no Teatro Décio de Almeida Prado em São Paulo e teve sua reestreia no Teatro da UMES, também em São Paulo, em 2017.
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Foto de João Caldas
Ficha Técnica
Elenco: Amanda Barbi, André Luiz, Beatriz Gullo, Camilla Martho, Caroline Melgaço, Débora Cruz, Fernanda Villarta, Gabriel Mello, Giovanna Leonel, Jade Buck, João Pedro Luz, Júnior Fernandes, Juliana Paradinha, Letícia Cardoso, Maria Kowales, Mariana Prata, Natália Santana, Patrícia Borin e Rafael Érnica. Direção: Simoni Boer.
Édipo Rei teve a temporada de estreia em Moscou, Rússia, no Zaryad’ye Park entre março e julho de 2019 como parte do III BRICS International Festival of Theatre Schools organizado pelo Institute of Theater Art named after People’s Artist of the USSR Joseph Kobzon. Com a presença de atores da África do Sul, China, Armênia, Bielo-Rússia, Rússia e Brasil, a adaptação multilíngue da tragédia de Sófocles teve a direção geral de Valentin Teplyakov e direção do núcleo brasileiro de Liana Ferraz.
Ficha Técnica
Elenco brasileiro: Larissa da Mata, Nathalia Cano e Rafael Érnica. Direção de núcleo de liana Ferraz. Direção geral: Valentin Teplyakov.
Espetáculo teatral que reuniu elementos de quadrinhos, animação, kung-fu, cinema e teatro e utilizou recursos multimídia de uma forma inédita no Brasil. A peça cumpriu temporada no Teatro Popular do SESI /SP e atingiu mais de 35 mil espectadores. Recebeu 3 indicações ao Prêmio Shell, sendo premiado na categoria Cenário. Recebeu também 8 indicações ao Prêmio SP de Incentivo ao Teatro Jovem e a 2 indicações do Prêmio Aplauso Brasil.
Em um futuro muito distante, em um mundo devastado por guerras, Lachesis lidera o Grupo da Serpente, uma grande família de praticantes de Kung Fu que habita as ruínas das estações de metrô e vive sob dominação total de seu líder. Ao deixar este submundo em busca de um novo membro, o grupo confronta-se com o Mundo das Máscaras, liderado por Acônito, que, do alto de sua torre, comanda os membros de seu grupo com mãos de ferro. Neste enfrentamento, ambos os líderes devem lutar para manter seus súditos sob domínio e, ao mesmo tempo, derrotar o inimigo.
Foto de Weslei Barba
Foto de Weslei Barba
Foto de Weslei Barba
Foto de Ligia Jardim
Foto de Weslei Barba
Foto de Weslei Barba
Foto de Weslei Barba
Foto de Weslei Barba
Sinopse:
Crítica:
“O resultado é um espetáculo extraordinário, em que os atores se movimentam e lutam num cenário que é projetado no palco e dá ao conjunto a aparência fascinante de um sonho, ou melhor, de um pesadelo concebido por um desenhista de videogame.”
“O maravilhoso espetáculo multimídia mescla teatro, cinema, HQ e kung-fu. Para o público, o efeito é o de ler e, ao mesmo tempo, estar dentro e participando de uma HQ viva. Visualmente, é um dos mais belos espetáculos que já vi.”
“Em alguns momentos, a sensação é a de estar assistindo a um filme, tamanha é a força da sincronização e da trilha sonora… A peça “Os 3 Mundos” é programa obrigatório para os fãs de ficção científica.”
“ As detalhadas ilustrações e as projeções e animações impressionam e faz o assistidor, mais receptivo ao teatro tradicional, a relaxar e entregar-se a distopia e ao mundo criado pelos quadrinistas . A montagem tem a feliz possibilidade de aproximar o público geek do universo teatral.”
História Original: Fábio Moon e Gabriel Bá. Idealização: Paula Picarelli. Direção Geral: Nelson Baskerville. Elenco: Paula Picarelli, Thiago Amaral, Tamirys Ohanna, João Paulo Bienemann, Alice Cervera, Artur Volpi, Rafael Érnica e Luciene Bafa. Ilustrações: Guazzelli. Projeção e Animação: Bijari. Trilha Sonora Original: Marcelo Pellegrini. Cenário e Iluminação: Marisa Bentivegna Figurino: Marichilene Artisevskis. Coreografias e Lutas: Luis Pelegrini. Assistente de Direção: Thaís Medeiros Dramaturgia da Encenação: Paula Picarelli e Nelson Baskerville. Assessoria de Imprensa: Canal Aberto. Fotos: Ligia Jardim e Mauricio Arruda. Assistente de Produção: Ana Carolina. Direção de Produção: Katia Placiano. Produção: Daniel Gaggini. Realização: Sesi SP – MUK – Frey Produções.
Três atores no último teatro do mundo recebem a notícia de que seu teatro será derrubado em uma hora. Eles decidem, então, realizar a última peça de teatro da história.
Em Pano. Fim., os atores buscam na cena diferentes gêneros e períodos para tentar a chance de dar continuidade à arte teatral: com adereços e mudanças de figurinos, eles passam pela estética épica brechtiana e clownesca, entre outras, em apelos à salvação da cena. O cenário é quase desértico e os elementos que o compõem remetem à um espaço que está sendo destruído. “Tudo que está na cena, como um carrinho de mão ou um baú, é usado pelos atores para tentar fazer essa reforma”, completa o diretor.
“Há um quê derrotista em Pano. Fim., ainda que a obra se construa de modo muitas vezes divertido, mas há de algum modo também a esperança presente na própria ação de conceber tal espetáculo — o primeiro do Grupo Pano. Aqui, o fim do teatro versa sobre o fim do edifício teatral e dos atores; mas há uma contundente afirmação de que algo permanece e reverbera após o cair do pano: como se a efemeridade da cena fosse a garantia da eternidade da personagem representada.”
Direção: Caio Silviano | Dramaturgia: Caio Silviano e Lucas Sanchez | Elenco: Cecília Barros, George Lucas, Henrique Reis, Ian Noppeney e Lucas Sanchez | Cenário: Balcão Arquitetura (Carolina Metzger, Gabriela Sumares e Joyce Iensen) | Figurino: Maristela Tetzlaf | Iluminação: Marco Vasconselos | Trilha sonora original: Grupo Pano | Direção musical: George Lucas | Produção: Bruno Camargo e Isabela Lourenço | Fotografia: Enrique Espinosa | Assessoria de imprensa: Ensaio Comunicação | Assistência de Direção: Rafael Érnica | Design Gráfico: Bruno Camargo e Cecília Barros | Realização: Grupo Pano e Gafanhoto Inusitado Produções